Artrópodes
· Formam um grupo extremamente diversificado, abundante, com
inúmeras espécies e que habita as mais diversas regiões do planeta, além de, no caso das abelhas, formigas e cupins ter uma perfeita organização
social.
· A
principal característica que diferencia os artrópodes dos demais invertebrados são as patas e demais
apêndices (antenas, asas, peças bucais) articulados. Inclusive foi essa
característica que deu nome ao grupo: artro, que significa "articulação", e podos,
"patas". As patas articuladas permitem ao animal realizar vários
movimentos diferentes, muitos deles bem definidos e elaborados, além de
auxiliar na defesa e captura de alimentos. Os outros apêndices podem se especializar
em diversas outras funções como nada, copular, perceber estímulos mecânicos ou
químicos etc.
- Durante a evolução, alguns metâmeros perderam seus apêndices,
enquanto outros sofreram modificações, adaptando-se a novas funções. Um exemplo
são alguns anexos da cabeça, que se adaptaram à alimentação e originaram diversos
tipos de peças bucais, como maxilas, mandíbulas, quelíceras, entre outras.
Outros adquiriram funções sensoriais, formando as antenas.
· Apresentam
também um reforço externo: o exoesqueleto de quitina - polissacarídeo que lhe
confere muita rigidez . O exoesqueleto é, portanto, muito resistente e também
impermeável, auxiliando na proteção contra predadores e contra a desidratação.
- Embora ofereça
proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o
crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda ou
ecdise. Nesse fenômeno, o exoesqueleto antigo, denominado de exúvia, se
desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado.
- Durante a muda, a epiderme secreta um
novo exoesqueleto por baixo do antigo, que sofre uma rachadura na parte
posterior e permite a saída do animal com o seu novo exoesqueleto.
Inicialmente, ele é muito flexível e distende-se à medida que o corpo do artrópode cresce.
Depois de alguns minutos ou de
algumas horas, dependendo da espécie, o novo exoesqueleto endurece e ele para
de se expandir. Uma nova fase de desenvolvimento só acontece depois de outra muda.
· Os integrantes
desse grupo apresentam metameria, ou seja, possuem o corpo segmentado.
Quando os segmentos se unem, formam os diferentes
tagmas (cabeça, tórax e abdome, no caso do insetos e miriápodes ou cefalotórax
e abdome no caso dos crustáceos e aracnídeos)
·
Triblásticos - apresentam três tipos de folhetos embrionários : ectoderme,
mesoderme e endoderme.
·
Celomados - apresentam celoma (cavidade interna preenchida por um fluído e
revestida por um epitélio derivado da mesoderme que tem como principal função
dipor de espaço para alojar as vísceras dos animais)
·
Protostômios: blastóporo permanece com a função de boca após a conclusão do
desenvolvimento embrionário. Durante o processo de formação embrionária eles
desenvolvem um orifício, no extremo oposto do arquêntero, que passa a ter a
função de ânus.
·
Simetria bilateral: linha imaginária divide o corpo do animal em duas metades
iguais.
· Sistema
digestório completo, com peças bucais
adaptadas à alimentação, glândulas acessórias,
tubo digestório com regiões diferenciadas(boca, faringe, esôfago, papo, moela, estômago, intestino
reto, ânus) e digestão extracelular.
- Túbulos de
Malpighi: são os principais órgãos excretores dos artrópodes, estão localizados
na parte posterior do corpo e conectados ao tubo digestivo e ao hemocélio, do
qual filtra suas excretas.
· Sistema
circulatório aberto (O fluido sanguíneo,
denominado hemolinfa, é bombeado pelo coração dorsal e circula
também fora de vasos, caindo em cavidades e lacunas entre os órgãos. Nessas
lacunas o sangue encontra-se diretamente com as células, realiza as trocas de
substâncias e retorna ao coração.
O sangue circula sob
baixa pressão, lentamente. A lentidão de transporte de materiais é fator limitante ao tamanho
dos animais. Além disso, por se tratar de um sistema aberto, a pressão não é
grande, suficiente apenas para o sangue alcançar pequenas distâncias).
· Sistema
respiratório
- Respiração traqueal: A respiração traqueal é comum em alguns
artrópodes, como os insetos. Nesse tipo de respiração, a troca gasosa ocorre
através de tubos ocos que se ramificam pelo corpo do animal e recebem o nome de
traqueia. Essas estruturas comunicam-se diretamente com o exterior através de
poros conhecidos como espiráculos. Nesse tipo de respiração, o ar entra e
difunde-se pelas traqueias diretamente para todas as células do corpo, não
envolvendo o sistema circulatório.
-
Respiração filotraqueal: nesse tipo de respiração, comum em
aracnídeos, é encontrada uma estrutura chamada de filotraqueia ou pulmão
foliáceo, que é formada por lâminas por onde circula o hemolinfa. É nessa
estrutura que ocorrem as trocas gasosas.
- Respiração
branquial: Nesse tipo de respiração, típica de
animais aquáticos, as trocas gasosas ocorrem nas brânquias, órgãos em formato
de lâmina e bastante vascularizados.
· Sistema nervoso: O sistema
nervoso dos artrópodes é do
tipo ganglionar, é constituído por um par de gânglios cerebrais
e um cordão nervoso ventral com pares de gânglios distribuídos por segmento; a presença de gânglios nervosos nos segmentos confere a estes animais
relativa autonomia, sendo que um artrópode pode realizar algumas atividades,
como andar, mesmo após ser decaptado.
- Estruturas sensoriais
-
Tato: pelos táteis
-
Olfato e paladar: bem desenvolvidos (feromônios)
-
Audição: tímpano
-
Visão: ocelos, olhos simples e compostos
· Importância
-
Gastronomia
-
Cadeia alimentar
-
“Fobias”
-
Pragas
-
Saúde pública
-
Detritivoria
·
Classificação
-
Critérios: número e tipos de apêndices
-
Classificação antiga (5 classes): crustáceos, aracnídeos,
insetos, quilópodes e diplópodes
-
Classificação nova (3 subfilos): Crustácea,
Chelicerata, Uniramia
Créditos:
Texto escrito pelas alunas do grupo dos artrópodes
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